- É um menino muito elétrico, todo mundo está vendo aí, mas também me passa bastante força, até mais força do que, de repente, se ele fosse uma criança normal. Me dá bastante felicidade. O Robinho é tudo pra mim, tudo e mais tudo - disse o jogador.
Robinho inspira o pai e muitas outras pessoas com sua motivação. Apesar da deficiência, sempre se esforçou para praticar esportes. Joga futebol, basquete, pratica natação e, recentemente, ganhou uma nova paixão, o jiu-jítsu. A vontade de pisar no tatame aumentou ao assistir às lutas do MMA.
- A coisa que mais gosto é esporte. Não sei o que seria da minha vida sem o esporte - afirma o menino.
Robinho, filho de Abedi, é apaixonado por esportes e esbanja alegria no tatame (Reprodução SporTV)
Apesar da admiração pelas artes marciais, Robinho tinha dúvida se podia
praticar o jiu-jítsu. O desejo tornou-se realidade quando o pai foi
jogar em Cabo Frio e, após uma conversa com o treinador Bileu, o filho
de Abedi passou a praticar o esporte.- Eu não sabia se algum professor iria me aceitar. Minha mãe viu que o jiu-jítsu é também, a maior parte, sentado e falou com o Bileu. Ele aceitou super bem - contou.
O treinador lembra que o sorriso no rosto, marca registrada do menino, apareceu desde o primeiro dia de treino.
Abedi incentiva o filho a praticar esportes e busca
força no exemplo do filho (Foto: Reprodução SporTV)
- Ele veio, entrou com o pai no dojo e falei: você veio treinar? Ele
falou que sim e disse: dá tchau para teu pai. Na mesma hora, ele abriu o
sorriso e veio para meu colo. Coloquei ele no tatame e falei: aqui você
e tratado como todo mundo - recordou.força no exemplo do filho (Foto: Reprodução SporTV)
No início, a mãe do garoto, Rosi Gonçalves, ficou com receio. Preferia que o garoto fizesse natação, por ter menos impacto, mas resolveu incentivar Robinho a praticar a nova modalidade. Hoje, a família acompanha as atividades do menino, que vai de um lado para o outro, engatinhando e até de ponta cabeça.
A maneira como o menino foi recebido fez toda a diferença. Nas várias cidades em que moraram, por conta da profissão de Abedi, os pais sempre procuraram locais para que o filho pudesse praticar esportes. Mas nem sempre foi bem recebida, segundo a mãe.
- Tem gente que não tem interesse, não tem força de vontade, não abre os olhos para isso. Então, quando você vai perguntar, é sempre aquele primeiro impacto e a palavra é não.
Em Cabo Frio, eles estão satisfeitos com a receptividade. O menino, além de estar feliz com um novo esporte na agenda, já fez até uma apresentação e ganhou medalha.